O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, pediu demissão do cargo ontem.
Segundo nota do Ministério dos Transportes, Pagot cancelou suas férias, que iriam até o dia 4 de agosto, e solicitou à presidente Dilma Rousseff (PT) sua exoneração.
Com a saída de Pagot, o governo espera encerrar a pior parte da crise que há 23 dias assola a pasta. O Ministério dos Transportes é alvo de suspeitas de corrupção após reportagem da revista "Veja", no dia 2 de julho, revelar um suposto esquema de pagamento de propinas em obras federais da pasta.
Ao todo, já somam 17 as demissões por causa das denúncias de superfaturamento e pagamento de propina envolvendo o ministério, a Valec e o Dnit, incluindo o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM).
Com a saída de Pagot, o Dnit funciona com apenas dois dos sete diretores.
As diretorias de Administração e Finanças e de Infraestrutura Aquaviária já estavam vagas antes das denúncias de corrupção. O diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, também pediu demissão na última sexta-feira.
O diretor-executivo José Henrique Sadok de Sá, que substituía Pagot, foi afastado quando se soube que sua mulher, Ana Paula Araújo, é dona da Construtora Araújo, que assinou contratos para obras por meio de convênios com o próprio Dnit. A expectativa é que o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, discuta nos próximos dias a reestruturação do órgão com a presidente. Passos tem trabalhado em uma lista com nomes técnicos para substituir os dirigentes afastados.
A presidente ainda precisa definir o novo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, que era ocupada por Passos, e o novo presidente da Valec (estatal de obras ferroviárias).
Clima de revolta
Cerca de 500 servidores do Dnit aplaudiram Pagot de pé ontem. Antes de encaminhar a carta de demissão ao ministro dos Transportes, ele reuniu os servidores no auditório do órgão e fez um discurso inflamado de despedida. Disse que aquela não era uma casa de corrupção, e que era o órgão responsável pela maior parte da execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento.
"Repito: não concordo com o ministro (da Controladoria-Geral da União) Jorge Hage, que disse que o Dnit tem o DNA da corrupção. Essa é uma casa de muito trabalho. O Dnit é o órgão que mais trabalha, responsável pela maior execução do PAC na Esplanada", afirmou, em clima de indignação.
OPOSIÇÃO
PSDB diz que investigações de fraudes continuam
O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), afirmou que a demissão de Luiz Antônio Pagot não acaba com a necessidade de aprofundar as investigações sobre irregularidades em obras a cargo do Ministério dos Transportes. Duarte disse que discutirá essa semana com outros líderes da oposição a apresentação de um requerimento para abertura de uma CPI.
Hoje, o tucano irá pessoalmente cobrar da comissão representativa do Congresso a aprovação do pedido de convocação do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
Segundo nota do Ministério dos Transportes, Pagot cancelou suas férias, que iriam até o dia 4 de agosto, e solicitou à presidente Dilma Rousseff (PT) sua exoneração.
Com a saída de Pagot, o governo espera encerrar a pior parte da crise que há 23 dias assola a pasta. O Ministério dos Transportes é alvo de suspeitas de corrupção após reportagem da revista "Veja", no dia 2 de julho, revelar um suposto esquema de pagamento de propinas em obras federais da pasta.
Ao todo, já somam 17 as demissões por causa das denúncias de superfaturamento e pagamento de propina envolvendo o ministério, a Valec e o Dnit, incluindo o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM).
Com a saída de Pagot, o Dnit funciona com apenas dois dos sete diretores.
As diretorias de Administração e Finanças e de Infraestrutura Aquaviária já estavam vagas antes das denúncias de corrupção. O diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, também pediu demissão na última sexta-feira.
O diretor-executivo José Henrique Sadok de Sá, que substituía Pagot, foi afastado quando se soube que sua mulher, Ana Paula Araújo, é dona da Construtora Araújo, que assinou contratos para obras por meio de convênios com o próprio Dnit. A expectativa é que o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, discuta nos próximos dias a reestruturação do órgão com a presidente. Passos tem trabalhado em uma lista com nomes técnicos para substituir os dirigentes afastados.
A presidente ainda precisa definir o novo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, que era ocupada por Passos, e o novo presidente da Valec (estatal de obras ferroviárias).
Clima de revolta
Cerca de 500 servidores do Dnit aplaudiram Pagot de pé ontem. Antes de encaminhar a carta de demissão ao ministro dos Transportes, ele reuniu os servidores no auditório do órgão e fez um discurso inflamado de despedida. Disse que aquela não era uma casa de corrupção, e que era o órgão responsável pela maior parte da execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento.
"Repito: não concordo com o ministro (da Controladoria-Geral da União) Jorge Hage, que disse que o Dnit tem o DNA da corrupção. Essa é uma casa de muito trabalho. O Dnit é o órgão que mais trabalha, responsável pela maior execução do PAC na Esplanada", afirmou, em clima de indignação.
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PSDB diz que investigações de fraudes continuam
O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), afirmou que a demissão de Luiz Antônio Pagot não acaba com a necessidade de aprofundar as investigações sobre irregularidades em obras a cargo do Ministério dos Transportes. Duarte disse que discutirá essa semana com outros líderes da oposição a apresentação de um requerimento para abertura de uma CPI.
Hoje, o tucano irá pessoalmente cobrar da comissão representativa do Congresso a aprovação do pedido de convocação do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
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