Até o próximo mês de agosto, 30 presos que cumprem a pena em regime semiaberto deixarão a cadeia e passarão a ser monitorados eletronicamente pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus). Trata-se de um projeto-piloto que o Estado lançará em breve para, no futuro, ampliar este recurso tecnológico que permitirá uma diminuição da superlotação carcerária no Estado.
A informação, obtida com exclusividade pelo, foi revelada pela titular da Sejus, a defensora pública Mariana Lobo. Segundo ela, o processo para a escolha do tipo de tecnologia a ser empregada no monitoramento eletrônico terá uma ampla discussão e o sistema somente será implementado com a devida autorização da Justiça Estadual através da sua Vara das Execuções Criminais e Corregedoria dos Presídios.
A informação, obtida com exclusividade pelo, foi revelada pela titular da Sejus, a defensora pública Mariana Lobo. Segundo ela, o processo para a escolha do tipo de tecnologia a ser empregada no monitoramento eletrônico terá uma ampla discussão e o sistema somente será implementado com a devida autorização da Justiça Estadual através da sua Vara das Execuções Criminais e Corregedoria dos Presídios.
Pelo menos seis empresas já apresentaram à Sejus seus sistemas de monitoramento. A tecnologia para o rastreamento dos presos é vasta e, pelo menos, sete empresas já ofereceram seus equipamentos. O mais comum é a tornozeleira que possui dispositivos eletrônicos para a localização do detento via GPS (Sistema de Posicionamento Global).
Mariana Lobo assegura que a medida será tema de uma ampla discussão com a sociedade civil, mas um ponto já está definido. O preso em regime semiaberto que optar por sair da cadeia e cumprir a pena através do monitoramento eletrônico, terá que participar de curso profissionalizante oferecido pela própria Sejus, com carga horária definida previamente.
Outro destaque no projeto piloto da Sejus é que o processo de seleção dos presos que poderão optar pelo sistema será rígido, e um dos itens obrigatórios é que o condenado tenha bom comportamento, não seja reincidente e não seja considerado de alta periculosidade.
"O detento que desejar trocar a cadeia pela prisão domiciliar com o acompanhamento da tornozeleira fará a escolha livremente. Nada será imposto. A própria lei diz que caberá ao detento a decisão de aderir ou não ao monitoramento eletrônico", assegura.
A lei que a secretária refere-se (de número 12.403/2011 ) entrou em vigor no último dia 5.
Mariana Lobo assegura que a medida será tema de uma ampla discussão com a sociedade civil, mas um ponto já está definido. O preso em regime semiaberto que optar por sair da cadeia e cumprir a pena através do monitoramento eletrônico, terá que participar de curso profissionalizante oferecido pela própria Sejus, com carga horária definida previamente.
Outro destaque no projeto piloto da Sejus é que o processo de seleção dos presos que poderão optar pelo sistema será rígido, e um dos itens obrigatórios é que o condenado tenha bom comportamento, não seja reincidente e não seja considerado de alta periculosidade.
"O detento que desejar trocar a cadeia pela prisão domiciliar com o acompanhamento da tornozeleira fará a escolha livremente. Nada será imposto. A própria lei diz que caberá ao detento a decisão de aderir ou não ao monitoramento eletrônico", assegura.
A lei que a secretária refere-se (de número 12.403/2011 ) entrou em vigor no último dia 5.
O novo dispositivo legal modificou radicalmente os critérios para a decretação da prisão preventiva e ampliou o leque dos crimes que permitem ao infrator pagar fiança logo após a sua detenção - mesmo em flagrante delito - e esperar o julgamento em liberdade. Também ofereceu ao juiz novas modalidades de medidas cautelares para substituir o encarceramento. E uma delas é o monitoramento eletrônico.
Conforme a secretária, aproximadamente 16 mil detentos formam a massa carcerária do Ceará e destes, cerca de 60 por cento são presos provisórios. Coma chegada da nova lei, é possível que parte deste exército de homens encarcerados, embora que em regime semiaberto, seja colocada em liberdade.
A portaria de número 257/2011, que cria uma comissão que vai elaborar o projeto piloto do monitoramento eletrônico já foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 13 de junho (página 63) e tem sete integrantes, entre eles, o secretário adjunto da Sejus, Augusto Sérgio de Câmara Cardoso; o coordenador do Sistema Penal, Bento Laurindo de Araújo; a coordenadora do Núcleo de Assistência ao Presidiário e Apoio ao Egresso, Keydna Alves Carneiro; e a diretora do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira I (IPPOO I), Kany Carvalho Bezerra.
A secretária explica que muitos presos que hoje estão em regime semiaberto mas permanecem atrás das grades, por não terem conseguido colocação no mercado de trabalho, terão a chance, com o monitoramento, de participar de cursos profissionalizantes que lhes garanta melhores chances de conseguir um emprego e, deste modo, poder ficar longe do cárcere. Lobo ressalta que alguns Estados brasileiros já implantaram o sistema de monitoramento, mas na visão da Segurança Pública, e não na perspectiva da ressocialização do detento.
Nesta situação, estão cerca de 600 presos que, após um período de suas penas em presídios, penitenciárias ou cadeias públicas, tiveram direito à progressão de regime fechado para o semiaberto.
Atualmente, eles lotam o antigo Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira I (IPPOO I), no bairro Itaperi, nesta Capital, que foi rebatizado de Colônia Penal Urbana Professor Olavo Oliveira.
São presos que, antes, estavam abrigados na Colônia Agro-Pastoril do Amanari, localizada no Município de Maranguape (Região Metropolitana de Fortaleza). A transferência deles para o IPPOO deveu-se a uma decisão da própria Justiça, que determinou a interdição do Amanari por falta de condições de segurança e de higiene.
A lei 12.403/2011 foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff, em maio último, entrou em vigor na semana passada, e seu principal objetivo é desafogar o caótic o Sistema Penal.
16 mil detentos formam a massa carcerária no Estado do Ceará. Cerca de 60 por cento deles são presos provisórios, que já poderiam estar em liberdade.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.