Há mais de uma década, os cearenses protestam contra a situação das estradas federais no Ceará. Em 2001, um movimento na cidade de Sobral fechou, por algum tempo, a BR-222. Em 2005, manifestação idêntica aconteceu naquela cidade da Zona Norte, com a participação de políticos e representantes dos vários segmentos da sociedade, inclusive comerciantes, vítimas da precariedade da rodovia. Além desses protestos, vários outros aconteceram, tanto na Zona Norte, quanto em outras regiões do Estado. Os movimentos, no entanto, não apresentaram resultados positivos.
Agora, um novo protesto nasceu de um movimento popular apoiado pelo governador Cid Gomes (PSB) em pronunciamento no último sábado, em Sobral, ao avistar uma faixa convocando os cearenses para o Rally que acontecerá no próximo domingo com o objetivo de destacar a buraqueira, o mato cobrindo a insuficiente sinalização ainda existente e a ameaça a tantos quantos ainda são obrigados a trafegar pela BR-222.
Compromissos
O governador, além de confirmar sua participação no evento, denunciou o Ministério dos Transportes, o ministro e o Dnit, pela falta de compromissos com o Estado. Nos últimos anos, sobretudo em épocas invernosas, são constantes as reclamações dos cearenses quanto à precariedade das rodovias federais que cortam o nosso Estado, BR-222, BR-116 e BR-020, as mais extensas. Nos últimos dias, foram vários os pronunciamentos feitos na Assembleia Legislativa e, inclusive, no Congresso Nacional, até que a bancada federal foi recebida pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), para ouvir mais uma promessa.
Ontem, o governador disse que não conversará mais com o ministro, com quem já esteve conversando sobre o assunto (a assessoria de Cid Gomes distribuiu uma foto do governador com o ministro, para comprovar um dos encontros). Ele diz que vai tratar da questão diretamente com Dilma Rousseff (PT).
Ontem, o deputado Welington Landim (PSB) foi à tribuna da Assembleia com novos protestos. Não apenas parlamentares da base aliada, mas também da oposição apoiaram a atitude do governador e pediram uma investigação no Dnit e no ministério dos Transportes.
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