quarta-feira, 27 de abril de 2011

Itapipoca alagada pela chuva

A manhã de ontem foi um dia de limpeza para alguns moradores do Município de Itapipoca. As pessoas que vivem na Avenida Duque de Caxias, localizada no Centro da cidade, foram afetadas na tarde da última segunda-feira por uma enxurrada que inundou a rua e passou a invadir casas, lojas e até um colégio, que teve de suspender as aulas noturnas.

"Não tinha como ninguém chegar ou sair, do prédio, a água suja vinda das vários pontos chegava à altura do joelho", disse e diretora do Colégio Patronato Nossa Senhora das Mercês, Elisiane de Carvalho, que relembra que situação aconteceu em 2007.

O proprietário da loja J. Frios, José Arnóbio de Souza, até que tentou evitar que a água invadisse seus estabelecimentos. Mandou construir uma placa de contenção, mas o volume foi maior do que o planejado. "Foi necessário fechar a rua para evitar que carro passasse e complicasse ainda mais a nossa situação. Mesmo assim não teve como evitar que água entrasse. A sorte é que a chuva passou rápido", disse o comerciante.

A mesma situação foi vivida pela comerciante Airlés Maria Alves. Ela contou que o nível da água só baixou por volta das 19 horas de ontem. "O trabalho foi ter que retirar a lama que ficou impregnada no piso", relata Airlés Alves.

Em outras localidades também houve momentos de preocupação. De acordo com a professora Cláudia Eufrásia, que ensina na Escola Antônio Augusto Alves, na localidade de Mucambo de Baixo, zona rural da Itapipoca, a situação foi bastante preocupante. A região é cortada por dezenas de pequenos riachos que descem da serra em direção à cidade.

 

"Em um dos trechos do caminho em direção à sede do Município, o nível da água chegava até a altura da cintura. Como não sei nadar, pensei no pior. Para fazer a travessia contei com a ajuda de um colega", explica a professora.

Para o vice-diretor do Colégio Patronato, padre Aureliano Alves, a cidade vive hoje este tipo de situação por falta de planejamento urbano. "Todo mundo as pessoas constroem aonde querem, não respeitando o Plano Diretor da cidade. Isso acaba obstruindo o caminhos das águas que deveriam estar livres", denuncia.

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